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Foto: Josermano Ferreira Oliveira |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Josermano Ferreira Oliveira |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
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Foto: Cacá Araújo |
A ocupação dos espaços, dessa vez, não desordenada, como nos casos das favelas, mas arquitetadamente planejada, burlando-se a frágil legislação ambiental, conseguido com o uso de subterfúgios que só os grupelhos da pequena burguesia política sabem fazer, licenciamentos ambientais de instalação e operação de condomínios luxuosos em áreas de encosta, nos leitos dos rios, gerando mais impactos ambientais, sem se quer manter projetos de ações mitigadoras, onde o Plano Diretor das Cidades são constantemente desrespeitados. Enfim, uma infinidades de ações individuais que trazem enormes conseqüências negativas ao meio ambiente assim como toda coletividade. A prova maior de tudo isso, é o que está sendo noticiado pelos meios de comunicação, onde, até o momento em que debulho em letras esse pensamento já morreram mais de 400 pessoas no Rio de Janeiro em conseqüências das chuvas.
Somente a partir do enrijecimento da legislação ambiental, com penas mais severas aos que insistem em desmanchar a Floresta do Araripe em carvão, por exemplo, secar nossos mananciais, traficar nossos fósseis, caçar nossos animais, e principalmente edificar condomínios em áreas de proteção ambiental, e acabarmos com práticas muitas vezes fisiologistas de órgãos ambientais e Secretarias INOPERANTES Municipais de Meio Ambientes e com políticas publicas que saibam promover ações de fato integradas com vistas a sustentabilidade real com as demais ações de governo, é que quiçá, poderemos enxergar melhor essas ambientais questões, de forma comum aos nosso dia-a-dia e não distantes do nosso vocabulário corrente.
Prof. Samuel Duarte Siebra
Biólogo
Desculpe, amigo, se te alcançamos tão pouco.
Bem que queríamos, mas voar na tua imaginação era privilégio dos Deuses da criação.
Tu que vivias um mundo à parte, num plano irreal, com certeza tinhas razão para rir da maneira que rias; para criar do jeito que criavas e imaginar com a riqueza que imaginavas.
Dizem que nos píncaros montanhosos é onde corre a melhor das brisas, mas alcançá-los e senti-las fica para os libertos de espírito que têm na essência artística a verdadeira visão da vida. Tu, no entanto, diferentemente de nós, vagavas costumeiramente no mais alto desses montes.
Quantas e quantas vezes olhamos para ti e vimos o teu corpo em movimento a sorrir marcando presença entre nós, mas, nessa mesma hora, quantas e quantas vezes foi impossível alcançar o vôo da tua imaginação. Estavas, como sempre, em outra dimensão, no além mar, no além céu, no além cosmo, no além espírito, mas sempre perto de Deus.
Era dessas esferas imaginárias que tuas atitudes carinhosas nos surpreendiam. Sempre fomos todos rasteiros em relação a ti, quando o assunto era criatividade e imaginação, enfim, quando o assunto era a arte.
Meu caro poeta das cores e formas, como nos impressionava ver teus pincéis bailarem na brancura de uma tela, definindo e redefinindo o concreto e o abstrato; o belo e o feio; o triste e o alegre com tanta harmonia.
Para “nosotros”, meros grafiteiros de mentes plebes, isso era mágica.
Nas tuas galerias havia olhos que falavam;
Vestes que desnudavam;
Silêncios que protestavam;
Mudez que gritava;
Passos que voavam
E choros que riam.
A tua arte falava mais que mil palavras;
Protestava mais que mil revoluções;
Coloria mais que mil arco-íris;
Embelezava mais que mil arranjos.
De tanto mexer na dramatologia do real com o imaginário, levando-nos ao delírio da contemplação, um dia resolveste fazer parte do sonho.
Assim, moldurado nos teus próprios quadros, nas paredes de nossas vidas, ficastes exposto para sempre, reluzente e colorido, a nos adornar na alegria de tuas fantasias.
Na tua última homenagem, o teu corpo, em cinzas, foi lançado sobre o solo dos antigos índios guerreiros, habitantes do misterioso vale do Quixará.
Eras um artista plástico.
Em telas plásticas pintavas a vida.
Um dia viraste tinta, na imagem te confundiste, e aí, na imortalidade da própria arte, renasceste para sempre.
Tributo ao Artista Plástico, natural de Farias Brito no CE.
– Normando Rodrigues –
No jornalismo, notícias são acontecimentos de interesse público divulgados pelos meios de comunicação de massa, e existem formas de avaliar a importância das notícias conforme a sua relevância. Uma dessas formas é a proximidade. Entre duas notícias, uma sempre melhor atende a esse requisito de tocar mais de perto a comunidade.
Enquanto avistávamos, no Cariri, as catástrofes climáticas ocorridas em cidades do Rio de Janeiro, as notícias guardavam proporção considerável, porém representavam marcas noutras populações afastadas geograficamente falando. Agora, contudo, diante da cheia desproporcional do Rio Grangeiro, a força das águas nos mostrou outras dimensões, em face da ligação imediata do acontecimento.
Esta madrugada, dois dias depois, circulando nalgumas avenidas que margeiam o Canal e ruas circunvizinhas ainda em fase de arrumação, avaliei de perto a dimensão do fenômeno meteorológico que confrangeu toda a cidade de Crato na madrugada do dia 28 de janeiro de 2011.
A imagem principal da cena deixa às claras o risco constante que representa, a curtos e longos prazos, viver exposto à imprevisibilidade natural de possibilidades antes anunciadas. Longe dos brados alarmistas ou lendários, domar rio de tamanha impetuosidade torna-se, de hoje adiante, o fator determinante das administrações, independente do que passou, perante as transformações causadas pela ação do homem nas encostas da serra nestes dois séculos de aproximação.
Olhar o assunto de frente, encontrar a solução de engenharia que ultrapasse apenas os sintomas e siga direto à base do problema, sem contemporizar, porquanto a tensão persistirá em graus adiantados durante as fases invernosas do futuro. Interessa, pois, a todos, superar os limites desta herança histórica da localização do núcleo urbano que tanto admiramos e queremos.
Somar a potencialidade dos cidadãos e reconstruir as esperanças da tranquilidade sob outros prismas, na vontade política de uma gente trabalhadora e pacífica, civilizada, respeitada na história e dotada de cultura, cheia de boa vontade e amor pela terra em que vivemos nossas vidas. Despertar as novas energias da autoestima para preservar a natureza em volta com equilíbrio e inteligência.
Existirá, com certeza, solução adequada e coerente, desde que se saiba encaminhar estudos e as providências certas.
Após manhã e tarde de sol intenso, a noite de 27 de janeiro de 2011 também se mostrou de tempo aberto e estrelas no céu. É tanto que, às 20h15, estávamos, Igor e eu, nas arquibancadas do Estádio Mirandão assistindo à partida de futebol entre o Crato e o Ceará, pelo Campeonato Cearense. Durante o jogo, no entanto, abriam alguns relâmpagos baixos para os lados do Nascente e do Norte. Ao final, o time cratense saia derrotado pelo placar mínimo.
Recolhera-me às 22h20, observando a preparação de chuva nos sinais do vento e nos relâmpagos por cima da serra, para as bandas de Pernambuco, donde, conforme minhas experiências pessoais de poucos anos, vêm ao vale chuvas de mais intensidade.
Assim, durante a madrugada desse dia 28 de janeiro, acordaria por cinco vezes, considerando relâmpagos e trovões em larga quantidade, mantidos na pancada constante de fortes precipitações, qual ainda não se deu na presente quadra invernosa.
Choveu a madrugada inteira, chuva grossa e persistente. Algumas vezes cortou a corrente elétrica, o que de comum acontece nas situações de muitos raios.
Pela manhã, ao sair para levar as meninas ao colégio, apenas neblinava pouco, no entanto o chão encharcado transparecia o quanto chovera além da conta na madrugada.
Pelos estragos que encontraríamos no percurso da descida, imaginamos as consequências logo em seguida presenciadas às margens do canal do Rio Grangeiro, dentro da cidade.
De máquina em punho, sai fotografando desde a ponte da Integração, próxima à igreja de Nossa Senhora da Conceição, até o término do Canal, imediações do Presídio, num rastro de destruição que jamais verificara nesses 50 anos.
Postes arrancados pelo tronco, carros arrastados na correnteza e jogados contra muros e calçadas, casas invadidas, asfalto eliminado ou levantado, portões de ferro arrombados, prédios em ruínas, móveis encharcados, pontes de ferro destroçadas, pontes de cimento e ferro abaladas nas estruturas, ou com varandas zeradas e substituídas de entulhos, árvores inteiras trazidas na força das águas, e, à medida que desci com lama nos tornozelos, num exercício de equilíbrio e paciência, após a Prefeitura, entrei na Rua Monsenhor Esmeraldo, onde funcionam armazéns de estivas e cereais e outras casas de comércio, testemunhando sempre os danos provocados pela violenta enchente. Houve comércios que registraram por volta de um metro e meio d´água dentro dos estabelecimentos a dezenas de metros do rio. Devido aos riscos da cheia no interior do Presídio, os detentos foram deslocados para Juazeiro do Norte.
A intensidade das chuvas da madrugada chegou a 163mm no centro de Crato, porém escoaram pelo Rio Grangeiro inclusive as chuvas das encostas da Serra, onde estimam-se maiores as precipitações, acima de 200mm, isto para um curto tempo de quatro horas, na ação do fenômeno atípico.
Da varanda fotografo
A textura do barro que se fez homem
O rio que preso se revolta
As caras abismadas
As casas arrobadas
A lama maquiando o asfalto
O rodo espalhando a mágoa
E escondendo as lágrimas
Os pombos pousam no arco em paz
Os pés humanos se pintam de terra e água
Um mangue urbano vai se formando
Uma cratera vai se aflorando
A água vai afogando
As árvores vão se empilhando
Como lastimas de guerra
E o povo vai se ajuntando
Vai se espremendo
Uns assistem a novela do Rio
Outros tateiam a vida
Comungam com as suas mãos
A feitura de uma corrente
Composta de resistência
Entre os caranguejos
Transitamos no lamaçal
Nutrindo o sopro de ser humano castiçal.
Alexandre Lucas
A banda nasceu em novembro de 2006, quando cinco roqueiros que tocam em bandas de João Pessoa – PB, resolveram montar uma banda onde o seu repertório fosse recheado da bela música brega, da jovem guarda e claro, do Rei Roberto Carlos com seus sucessos dos anos 60/70,. Su estilo foi auto-intitulado como sendo “Brega Rock Style”.
Os Caronas interpretam as músicas com muito respeito e admiração. Eles fazem pequenas alterações nos arranjos das músicas, mas, sem jamais fugir da idéia principal que o autor quis passar através da sua arte. O objetivo da banda é executar da melhor maneira possível, canções que marcaram um período da música popular romântica (nostalgica) brasileira.
A abertura da festa vai ficar por conta da banda “RED STEEL” de Juazeiro do Norte, que promete agitar a galera com belas canções do rock nacional.